Resumo:
O resfriamento de estrelas de nêutrons tem se mostrado como uma ferramenta fantástica para sondar o interior desses objetos. Inúmeros trabalhos foram dedicados à investigação de diversos aspectos deste rico e complicado processo. Nosso presente conhecimento nos diz que uma estrela de nêutrons resfria (principalmente) devido a dois mecanismos: (1) a emissão de neutrinos de seu interior e (2) a emissão de fótons de sua superfície. Em um momento inicial a emissão de neutrinos domina o resfriamento, sendo substituída em importância pela emissão de fótons na superfície. A transição de um resfriamento dominado por neutrinos para o fotônico ocorre quando o interior estelar é suficientemente frio para que a produção de neutrino se torne pouco relevante. Vale notar que a significante diferença entre a estrutura do núcleo estelar e a sua crosta (sendo esta basicamente um cristal em alta densidade) faz com que estes entes se encontrem desacoplados termicamente nos primeiros (aproximadamente) 100 anos. Aqui iremos rever em detalhes o processo de relaxação térmica entre núcleo e crosta, onde discutiremos novos fenômenos até então desconhecidos.
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